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O que é constelar??  
O que é uma Constelação Familiar?

O que aparece em uma Constelação Familiar? O que é aquilo que se monstra em uma constelação? E como pode ser que algo completamente desconhecido pode aparecer e se revelar? 

Estas perguntas devem ser repetidas cada vez novamente. 
É evidente que um campo sábio entra em ação em uma constelação. De acordo com as compreensões e o conhecimento de hoje, a Constelação Familiar, como se revela agora, está muitos anos a frente do tempo. A Constelação Familiar é um movimento externo de um acontecimento cósmico. 
A pergunta: “Pode-se aprender a Constelação Familiar?” é respondida claramente por Bert Hellinger: Não. Porém o que podemos aprender é desaprender a nossa imagem de “certo” e “errado”; a imagem de um processo determinado para se livrar de um problema, e abdicar de uma interpretação. Isso significa que há uma única intenção: queremos constelar uma família. Isto acontece em sintonia com o cliente. 

A constelação pode ser relacionada da mesma forma a um meio profissional. Também um produto ou uma questão de decisão podem ser constelados. O procedimento numa constelação continua livre de qualquer intenção, de qualquer desejo e do medo. Da mesma forma livre do desejo de poder entregar um resultado. Respostas racionais são sempre suposições. Se estas condições são garantidas pelo constelador, então um outro campo, que torna qualquer intervenção desnecessária, se abre. 
A pergunta é: Como podem o constelador e o cliente entrar em sintonia com o campo sábio? Como podem se deixar guiar para dentro dele, reconhecendo a boa solução para então aplica-la como insight na vida? 

Bert Hellinger diz: Podemos aprender a transformar o nosso ser, o nosso caráter, para resistir à tentação do “fazer”. Olhamos de forma centrada para o fenómeno. Assim nos tornamos o observador. E ao observar, o movimento cósmico se revela, que pode ser visto, vivido e compreendido por cada um.  De qualquer forma ele precisa permanecer no espaço sem interpretação. Aprender a Constelação Familiar segundo Hellinger® significa aprender uma abordagem completamente nova em relação ao desconhecido. A Constelação Familiar segundo Hellinger® não é nem um ofício nem um método. Ela é uma caminho, uma passagem para um outro plano, um outro nível de consciência. Ali todas as perguntas encontram o seu caminho e sua resposta. Podemos partir do princípio que tudo que acontece numa constelação, que revelou aquilo que foi e que será, sempre serve ao bem do cliente. Também se o cliente teve outra expectativa em relação à sua ideia da constelação. 

Se o cliente confiar no constelador, aquele resultado exato o indicará para um novo plano. O resultado de uma constelação indica um novo caminho e leva adiante, para muito além do pensamento e dos desejos. No entanto o constelador preciso ser capaz de suportar, e deixar o cliente suportar, o resultado de uma constelação. 

Aqui estamos falando sempre de uma Constelação Familiar segundo Hellinger®.

family latin


No início das constelações, Bert Hellinger pensava que a Constelação Familiar pertencia somente nas mãos de médicos e terapeutas. Entretanto ele revocou tal ideia. Ele reconheceu que os procedimentos e a abordagem necessários devem ser a partir de uma postura profundamente humilde, que esteja aberta e pronta para tudo que se observa. Um postura que não é orientada por um objetivo de forma curiosa ou “fazedora”. É uma absoluta confiança e entrega, sem saber por si mesmo aonde ou como o próximo passo leva adiante. Assim o constelador e o cliente podem estar presentes com absoluta atenção diante de um movimento de forma maravilhada. 
A Constelação Familiar pertence em mãos responsáveis. O constelador deve estar diante das pessoas e da vida de forma consciente, atenciosa, cuidadosa, respeitosa e aberta. Esta é a tarefa de aprendizagem. A teoria pode ser encontrada em mais de 100 livros de Bert Hellinger.
A prática é descoberta de caso em caso de forma nova. Da mesma forma como não há duas pessoas iguais, não há duas constelações iguais. Seja relacionada a uma empresa ou a um relacionamento, à vida profissional ou privada, a doenças, à escolha vocacional ou a qualquer outra questão. Aqui estamos diante de uma transição para um ou mais campos sábios, movedores e poderosos. Eles podem ser descritos também como vários planos entrelaçados do “SER” todo-abrangente. 

 


 

 

  Q U E M     S O M O S    N Ó S  ?   -

 

Essa é uma pergunta que, mais cedo ou mais tarde, fazemos a nós mesmos.

 

"Quem sou? Como sou? O que estou fazendo aqui? Porque reajo dessa forma e não de outra? Porque pretendo certas coisas e não outras? Não gosto de "como sou" mas não consigo ser diferente. Porque preciso alcançar isso ... ou aquilo? Quem determina o que sou, quem sou e o que faço, o que escolho, o que acontece com a minha vida?"

 

Cada um de nós funciona como se fosse um ser autêntico em ideias, pensamentos, sentimentos, comportamentos, escolhas e decisões. 

 

Não entendemos que somos, dentre outras situações (como a possibilidade de termos vivido outras vidas, seja nessa ou em outras dimensões), o resultado de interação entre memórias herdadas geneticamente e treinamentos e/ou imposições obrigadas a partir das várias formas de educação: familiar, escolar, treinamentos profissionais, participações na sociedade em geral.

 

Transformamos-nos em seres que "precisam" de selo de qualidade. Desempenhamos papéis na tentativa de sermos aprovados. Queremos "fazer parte". Procuramos inclusão, aceitação e confirmação, queremos ser "dignos de amor". Queremos ser pessoas "apreciadas", merecedoras de sermos "escolhidas". 

 

Também passamos a representar papéis de seres que detêm poder para incluir, aceitar e confirmar o desempenho, a atitude, "ou não!", das outras pessoas. "Até mesmo" nossa forma física, nossa aparência, são objetos de julgamentos vários. Nos "fazemos" importantes e passamos também a "ditar" regras: incluir, excluir, aprovar, desaprovar. Passamos a ser "autoridade" e a fazer "escolhas".  Aprendemos "direitinho"! 

 

Para sermos confirmados, incluídos em cada grupo do qual queremos - ou tentamos -  fazer parte, observamos e obedecemos  (conscientes ou inconscientes disso) regras que aquele grupo (da mesma forma,consciente ou inconsciente) exige que cada um - que se presta a fazer parte dele - cumpra. 

 

Como são vários grupos aos quais queremos pertencer, temos uma infinidade de regras de conduta, preceitos, padrões, crenças e atitudes que nos "obrigamos" (ou somos obrigados) a aprender e a executar.

 

É um tipo de jogo onde quem não "obedece" as regras do grupo, está "fora"!  E, pra piorar a situação, há muitas regras conflitantes entre os vários grupos dos quais queremos pertencer, ou já fazemos parte ....!!!

 

 

 

 Constelação

 

O QUE É A CONSTELAÇÃO FAMILIAR: 

 

 

É um método que facilita a liberação de memórias, herdadas e/ou adquiridas de nossos antepassados. Cada um de nós é um resultado único dessas memórias. Tais memórias incluem limitações, o que dificulta a nossa capacidade de escolhas e nos fazem repetir estórias que não são de nossa livre escolha, mas sim usadas para a manutenção de leis familiares, às quais estamos, inconscientemente, submetidos. São essas mesmas leis que nos obrigam a cumprir os papéis sociais que representamos!

 

Esse método proporciona a quebra da estrutura dessas memórias, transformando o que já foi, em outra época, "necessário e funcional" - mas "não o é mais" - integrando o novo ao nosso sistema.

 

Possibilita a revisão de nossos "limites", de nossos valores "reais" e nos leva a novas escolhas - de fato - dessa vez nossas, portanto - de fato - "verdadeiras".

 

 

COMO FUNCIONA: 

 

A queixa é trazida pela pessoa. Técnicas são utilizadas para fazer com que o comportamento que dá origem ao desequilíbrio seja manifestado. O método consiste em entender e liberar a causa da dificuldade. A seguir é proporcionada a possibilidade de atualização do sistema.

 

A partir da libertação da postura interna do cliente, acontecem o desbloqueio do padrão e a consequente fluidez de sentimentos e comportamentos.

 

O método proporciona a solução de problemas familiares, emocionais, profissionais e financeiros. Também questões físicas são equilibradas.

 

 

          

                             -    AS TRÊS LEIS DA CONSTELAÇÃO FAMILIAR    -

  • A PRIMEIRA LEI SE REFERE À NECESSIDADE DE PERTENCER:

Todos têm o igual direito de pertencer.  Cada membro da família tem o mesmo direito de pertinência.  Não importa o que o indivíduo fez - ou faça - de "condenável", "pecaminoso", "reprovável" ou "errado", ele continua tendo o direito de pertencer ao sistema familiar. Ninguém e/ou nada deve ser excluído do sistema familiar.

Isso não quer dizer que a pessoa irá ficar isenta de  restrições e até mesmo de punições legais, mas sim que, no sistema familiar, ela continua tendo o mesmo direito de pertencer.

 

  • A SEGUNDA LEI SE REFERE À NECESSIDADE DE HIERARQUIA: Hierarquia, para o sistema familiar é: os mais antigos vêm primeiro e os mais novos vêm depois. Quem vem primeiro tem precedência sobre os que vêm depois. Os pais são os grandes e os filhos são os pequenos. Quando o filho (pequeno) se sente maior, mais importante e mais capaz que os pais (grandes) e se comporta como se os pais fossem incapazes, acreditando que têm o direito de mandar na vida dos mesmos, esse filho passa a carregar um destino pesado, tornando sua vida turbulenta e cheia de dor.

 

 

  • A TERCEIRA LEI SE REFERE AO EQUILÍBRIO ENTRE O DAR E O RECEBER:
  • equilíbrio entre o dar e o receber deve existir entre o casal e entre pais e filhos. A ordem natural vem do mais antigo para o mais jovem. Os pais dão a vida e os filhos a recebem. Os pais dão amor e os filhos o aceitam em seu coração.

 

ESSAS SÃO AS TRÊS LEIS QUE  BERT HELLINGER  FOI DESCORTINANDO AO LONGO DE SUAS OBSERVAÇÕES, DURANTE OS TRABALHOS TERAPÊUTICOS PRÁTICOS DESENVOLVIDOS POR ELE AO LONGO DOS ANOS.

ESSE PROCESSO SE DESDOBROU E FOI  APROFUNDANDO SUA PERCEPÇÃO SOBRE O FUNCIONAMENTO DE FAMÍLIAS, CASAIS, EMPRESAS, SISTEMAS E NAÇÕES.

TODO GRUPO FUNCIONA COMO UM ORGANISMO VIVO,  QUE SE AUTORREGULA  PARA PERMITIR QUE  A VIDA ACONTEÇA AO LONGO DO TEMPO.

A CONSTELAÇÃO NOS LEVA A

ENTENDER SITUAÇÕES DA EXISTÊNCIA E SEUS MOTIVOS,

 

RECONCILIAR, RETOMAR LAÇOS, REFAZER, DE FORMA POSITIVA E SAUDÁVEL, SITUAÇÕES COM AS PESSOAS MAIS IMPORTANTES DA NOSSA VIDA,

 

* É A CHANCE DE SE LIBERTAR DO MEDO, DA CULPA, DO SENTIMENTO DE ABANDONO,

 ...... SEM DESCONFORTO, SEM MEDO, SEM CULPA, SEM DOR;

 

* É A CORAGEM DE SE ENFRENTAR, DE ENCONTRAR SENTIDO NA EXISTÊNCIA,

...... DE FAZER AS PAZES CONSIGO MESMO(A), DE RESGATAR A PRÓPRIA BIOGRAFIA; 

          

* É A RETOMADA DA CAPACIDADE DE SENTIR GRATIDÃO E PROFUNDO AMOR,

......POR SI MESMO, PELOS DEMAIS, PELA EXISTÊNCIA!

 

 

 

RESPONSÁVEL:

 

THEREZA FERRAZ

 

* Mestra em Reiki, 

* Facilitadora:

                           * Método Corpo Espelho,

                           * Cura Prânica, 

                           * Transformação Quântica da Consciência,

* Taróloga,* Cromoterapeuta, * Radiestesista, 

* Consteladora Familiar 

                                           

 


 

 

O direito sistêmico 

Sami Storch

 

Em um sistema, o desequilíbrio de qualquer pessoa se reflete nos outros.

A expressão “direito sistêmico”, no contexto aqui abordado, surgiu da análise do direito sob uma ótica baseada nas ordens superiores que regem as relações humanas, segundo a ciência das constelações sistêmicas desenvolvida pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger.

Venho me dedicando ao estudo desse assunto desde o ano de 2004, quando tive meu primeiro contato com a terapia das constelações familiares e percebi que, além de ser uma terapia altamente eficaz na solução de questões pessoais, o conhecimento dessa ciência tem um potencial imenso para utilização na área jurídica, na qual tenho formação acadêmica e profissional.

Isso porque, na prática, mesmo tendo as leis positivadas como referência, as pessoas nem sempre se guiam por elas em suas relações. Os conflitos entre grupos, pessoas ou internamente em cada indivíduo são provocados em geral por causas mais profundas do que um mero desentendimento pontual, e os autos de um processo judicial dificilmente refletem essa realidade complexa. Nesses casos, uma solução simplista imposta por uma lei ou por uma sentença judicial pode até trazer algum alívio momentâneo, uma trégua na relação conflituosa, mas às vezes não é capaz de solucionar verdadeiramente a questão, de trazer paz às pessoas.

O direito sistêmico se propõe a encontrar a verdadeira solução. Essa solução não poderá ser nunca para apenas uma das partes. Ela sempre precisará abranger todo o sistema envolvido no conflito, porque na esfera judicial – e às vezes também fora dela – basta uma pessoa querer para que duas ou mais tenham que brigar. Se uma das partes não está bem, todos os que com ela se relacionam poderão sofrer as conseqüências disso.

Exemplifico: Uma pessoa atormentada por motivos de origem familiar pode desenvolver uma psicose, tornar-se violenta e agredir outras pessoas. Quem tem a ver com isso? Todos. Toda a sociedade. Adianta simplesmente encarcerar esse indivíduo problemático, ou mesmo matá-lo (como defendem alguns)? Não. Se ele tiver filhos que, com as mesmas raízes familiares, apresentem os mesmos transtornos, o problema social persistirá.

A solução sistêmica, nesse caso, deve ter em vista a origem familiar do indivíduo. Não haverá real solução de outra forma.

Numa ação de divórcio, a solução jurídica relativa aos filhos menores pode ser simplesmente definir qual dos pais ficará com a guarda, como será o regime de visitas e qual será o valor da pensão. É o que usualmente se faz. Mas de nada adiantará uma decisão judicial imposta se os pais continuarem se atacando. Independentemente do valor da pensão ou de quem será o guardião, os filhos crescerão como se eles mesmos fossem os alvos dos ataques de ambos os pais.

Uma ofensa do pai contra a mãe, ou da mãe contra o pai, são sentidas pelos filhos como se estes fossem as vítimas dos ataques, mesmo que não se dêem conta disso. Sim, porque sistemicamente os filhos são profundamente vinculados a ambos os pais biológicos. São constituídos por eles, por meio deles receberam a vida.

O filho não existe sem o pai ou sem a mãe e, seja qual for o destino que os filhos construírem para si, será uma sequência da história dos pais.

Por isso é que, mesmo que o filho manifeste uma rejeição ao pai – porque este abandonou a família ou porque não paga pensão, por exemplo – toda essa rejeição se volta contra ele mesmo, inconscientemente. Qualquer ofensa ou julgamento de um dos pais contra o outro alimenta essa dinâmica, prejudicial sobretudo aos filhos. O mesmo ocorre quando o juiz toma o partido de um dos pais contra o outro, reforçando o conflito interno na criança.

A solução sistêmica, para ser verdadeira, precisará primeiramente excluir os filhos de qualquer conflito existente entre os pais, para que os filhos possam sentir a presença harmônica do pai e da mãe em suas vidas.

O juiz, por sua vez, antes de decidir, deve considerar essa realidade e ter em seu coração as crianças e ambos os pais, além de outras pessoas eventualmente envolvidas, sem julgamentos de qualquer tipo. Com tal postura, por si só, o juiz já estará facilitando uma conciliação entre as partes (que constituem um só sistema). E caso se faça necessária uma solução imposta, esta será mais bem recebida por todos, pois todos sentirão que foram vistos e considerados pelo juiz.

Que fique bem claro: isso não impede que o pai e a mãe discutam as questões necessárias, judicialmente ou não, desde que isso se dê entre eles, sem o envolvimento dos filhos, nem que o juiz decida as demandas que lhe forem postas.

A abordagem sistêmica do direito, portanto, propõe a aplicação prática da ciência jurídica com um viés terapêutico – desde a etapa de elaboração das leis até a sua aplicação nos casos concretos. A proposta é utilizar as leis e o direito como mecanismo de tratamento das questões geradoras de conflito, visando à saúde do sistema “doente” (seja ele familiar ou não), como um todo.